Cara Ana,
Beijar como escrevo talvez não seja bem o caso. Meu beijo tem nuances que dependem tão pouco de mim. As ondas que os outros me passam, quase sempre me certificam que eu me anulo um tanto quando beijo. Anulo, quer dizer, meu beijo depende tanto de mim quanto da outra boca, da outra pessoa e o que ela provoca em mim. Eu não me expando se não rolar um click porque um beijo é algo que eu não sei fazer sozinho, como quando escrevo. Então quando beijo, eu sou apenas parte daquilo em que me envolvo. Eu não dou beijos de mentira. O meu beijo nunca soube mentir. Fosse eu alguém que finge, talvez eu fosse o maior beijoqueiro desta cidade.
Acho que o caso é amar como. Amar é sempre eu comigo mesmo.
Luv,
Breno