Monday, 10 March 2008

Entre eu, voce e todo mundo que le essa cachaca

Viver eh um lance raro, entre os compromissos do dia que nos roubam esse respirar de cafe da manha com calma, sentados no jardim que nao temos. Eu acordei, chovia. Eu quis gritar.

Voce andava por entre ruas de nomes esquisitos. E me ligava soh para contar que fevereiro passou. Por um momento, eu pensei que tudo que me faltava era cozinhar. Dispus os ingredientes sobre a mesa, e entao a vontade foi embora. Faz tempo que eu me pergunto o que eu faco. (serah que eu necessito de uma interrogacao aqui para expressar minha duvida?)

A tarde veio, pensei em retornar a ligacao que eu nao atendi. Sorri ao pensar que as pessoas lerao anuncios traduzido por mim no Brasil, por todo marco. E quis gritar.

Voce deixou uma mensagem desaforada. Acontece, que agora qualquer palavra me atravessa sem tocar. Nao eh engracado isso de levar tanta porrada e nao pensar: eu nao me importo mais. Sofrer eh algo muito desnecessario. Se voce tira o peso, o que fica?

Lia um trecho que dizia assim: ‘I want his love to die’, da Anais Nin. Eu tava preso com corrente aquelas leituras, as paginas do livro se alternando involuntariamente. A campainha tocou.

Quando abri a porta, voce me disse com alguma ansia: Fevereiro se foi. E eu entendi pela primeira vez que estamos mesmos envelhecendo. Eu quis gritar.