Thursday, 11 October 2007

Reflexoes de dias cinzas.

Os olhos bem fechados. Eh proibido acordar antes da hora. O astro-rei demora a chegar, e o frio que entra por baixo do cobertor, me faz querer ficar na cama. Esquento um cafe.

Ha um peso a mais nos meus ombros. O espelho me sussurra a palavra casacos. Eu rio e me vou para dentro da chuva.

Houve um assalto no trem. Um todos os dias, todas as horas. Alguem roubou os sorrisos, a alegria. As maos se perderam umas das outras e os rostos perderam algo. Procuro respostas no jornal do rapaz ao lado, nada.

A noite cai cedo demais, as minhas maos congelam no bolso. E o caminho de casa se esconde na imensidao de um cinza sem fim.

Cada um no seu canto, mais que nunca individuos. Janelas fechadas, nenhum som se propaga, nao escuto nada, nada.

O vento varreu as folhas, esgotou toda e qualquer esperanca de uma flor.

Eh o que eles chamam de inverno. Inverno, inverno. Cinza.