Thursday, 2 August 2007

Nao quero te falar meu grande amor

Triste e perdido nesta Cidade, andando por ruas que nunca havia ido, pisando novos chaos, me vi num bar sozinho, tomando uma garrafa inteira de vinho tinto. A meia-luz. Como um bebado solitario.

O Sol veio a tona estes ultimos dias. As palavras comecam a se acumular em cadernos de folhas brancas e riscas de giz. Tao elegantes. E nao sabendo o que fazer com este desmoronamento de tempo, voltei a academia, fiz aula de Tango com a minha amiga da Alemanha, beijei voce.

Que bom que agora apago numeros de telefone. A vontade de ligar passa.

Retomei meu emprego como garcon por duas noites na semana – eu ando taaaaooo quebrado. Tudo porque este excesso repentino de tempo soh me faz pensar em ti, que nem existe, que nao passa de um rascunho abandonado num caderno fechado.

Comecei a escrever um romance tambem. Um romance sem estoria de amor. E a cada linha me pergunto se isto eh possivel.

Serah preciso ficar soh pra se viver?

Estudo espanhol, roubo sorrisos da instrutora de ginastica, coincidentemente aleman – raspei a cabeca, releio Ask the Dust – Pergunte ao poh, desta vez em ingles, tao mais poetico e sofrido; pegarei um trem para ver o mar na sexta.

Investigo a fundo a possibilidade de ser feliz sem voce. Foda-se. Eu ja li o Symposium, Essays in Love, P. S. On love, a pagina 100 das cartas de Fernando Abreu. E voce quando se bate comigo, nem sabe disso, voce nem se da ao trabalho de me descobrir.

Foda-se, eu ando muito ocupado para voce, meu bem.