O meu teclado aprendeu a falar Português.
Dica:
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Pronto, nem cinco minutos. E nós que precisamos de tantos anos. ;D
Wednesday, 30 April 2008
Thursday, 24 April 2008
Sobre o som
As mudas e miudas plantas de pensamento brotam com o passar do tempo. Eu quis te contar refugios, negacoes que nao vociferam. As melhores linhas que ja escrevi nunca ganharam o papel. Eu quis gritar o seu nome. Nesta ciranda do ser humano em projetar futuros, esconde-se os porques mais duradouros. Auto-analise, papo com o de-dentro. Luta por decisoes nada faceis, um destino incomum, venenos. Desejo eh algo que nem sempre eh possivel. E quando a esquina da Munster Road estah chuvosa, eu sempre penso em guarda-chuvas. Impossibilidades, jah estou encharcado. Os projetos se atropelam, ninguem parece ouvir o que digo. Insistencia eh algo que cansa tanto. Reclamar eh balela. Solucao eh o que se esconde onde eu nunca vou. O que se perdeu, passou. O que virah, eh o improvavel. Eu rasbiquei umas linhas de lapis preto e deixei secar. Nao dah pra ler ainda, nem em voz alta. Os sons inalados, gerundios que caminham para dentro. Reverso. Comeco e fim.
Sunday, 20 April 2008
trecho
Ms Sally
Each human being is responsible for his/her own prisons. I’ve built up walls throughout my entire life, allowances and indulgences subordinated to questioning and judgement. Not always I was afraid of what I truly desired, or afraid of my impulses; afraid of me. I was concerned with that line so untouchable, so invisible, that sometimes I would not notice my patterns of behaviour obeying unquestionably its demand: the eyes of others. But John came and swept it away. I admired him, for his lack of interest on what they call ‘common sense’, centuries of stupidity carried through by one only reason: fear. Yet, we understood the reasoning of order and discipline. We just did not share its main principle: taking away one’s freedom.
Each human being is responsible for his/her own prisons. I’ve built up walls throughout my entire life, allowances and indulgences subordinated to questioning and judgement. Not always I was afraid of what I truly desired, or afraid of my impulses; afraid of me. I was concerned with that line so untouchable, so invisible, that sometimes I would not notice my patterns of behaviour obeying unquestionably its demand: the eyes of others. But John came and swept it away. I admired him, for his lack of interest on what they call ‘common sense’, centuries of stupidity carried through by one only reason: fear. Yet, we understood the reasoning of order and discipline. We just did not share its main principle: taking away one’s freedom.
Friday, 11 April 2008
Amsterdam nunca existiu
Ou
A cidade nunca foi minha.
Voltar quatro anos ao passado me fez perder uns sentimentos cultivados sem razao, excessos de vivencias do mundo, apego ao que nao me pertence. Entre as ruas, os canais, as pessoas que eu nao sabia classificar, recuperei aquele ar distraido, desatento aos porques alheios. Em resumo, essa manina idiota de estereotipar a tudo, e como ver o mundo de cima do muro me agredia.
Fazia frio, e eu me vestia quase leve, usando esta resistencia londrina que se apegou a mim. Fui ao Museu do Van Gogh, ao Rijksmuseum, a casa da Anne Frank, e vi absurdos da guerra, obras de arte, orgulhos de uma nacao. Era quase um intervalo de mim mesmo, entre estas horas corridas na Cidade. E vi tambem o Red Light District, com as suas putas belissimas expostas na vitrine, me sorrindo. Ouvi algo engracadissimo nesta caminhada:
- Baby, someone who smells as good as you can’t possibly be out of money.
Mas ela nao sabia que o perfume foi presente de um amigo. E mais: que eu nao teria um puto ao voltar a Londres se gastasse um centavo a mais. E eu nao a desejava.
Ficar na casa de um casal amigo fez-me um bem incrivel. Faltava-me este ar de casa de familia, discussoes de gastos e planejamentos, cotidianos, rotinas. Esse meu-estar solto e perdido pelo mundo cansa, faz-me sem estrutura. Eu quis ter casa, em Amsterdam, um lugar para compartilhar com alguem. Pensei em amor, relacionamentos, revi todos os meus impulsos, entre as viagens no cafe, comendo brownie recheado com ... e passando mal horrores, tendo visoes de que as coisas haviam perdido a sua materialidade, a sua firmeza, enlouquecendo entre as minhas piracoes, pensando paranoias e dores.
A cidade nunca foi minha.
Voltar quatro anos ao passado me fez perder uns sentimentos cultivados sem razao, excessos de vivencias do mundo, apego ao que nao me pertence. Entre as ruas, os canais, as pessoas que eu nao sabia classificar, recuperei aquele ar distraido, desatento aos porques alheios. Em resumo, essa manina idiota de estereotipar a tudo, e como ver o mundo de cima do muro me agredia.
Fazia frio, e eu me vestia quase leve, usando esta resistencia londrina que se apegou a mim. Fui ao Museu do Van Gogh, ao Rijksmuseum, a casa da Anne Frank, e vi absurdos da guerra, obras de arte, orgulhos de uma nacao. Era quase um intervalo de mim mesmo, entre estas horas corridas na Cidade. E vi tambem o Red Light District, com as suas putas belissimas expostas na vitrine, me sorrindo. Ouvi algo engracadissimo nesta caminhada:
- Baby, someone who smells as good as you can’t possibly be out of money.
Mas ela nao sabia que o perfume foi presente de um amigo. E mais: que eu nao teria um puto ao voltar a Londres se gastasse um centavo a mais. E eu nao a desejava.
Ficar na casa de um casal amigo fez-me um bem incrivel. Faltava-me este ar de casa de familia, discussoes de gastos e planejamentos, cotidianos, rotinas. Esse meu-estar solto e perdido pelo mundo cansa, faz-me sem estrutura. Eu quis ter casa, em Amsterdam, um lugar para compartilhar com alguem. Pensei em amor, relacionamentos, revi todos os meus impulsos, entre as viagens no cafe, comendo brownie recheado com ... e passando mal horrores, tendo visoes de que as coisas haviam perdido a sua materialidade, a sua firmeza, enlouquecendo entre as minhas piracoes, pensando paranoias e dores.
Leve foi tudo que seguiu-se apos uns drinks, na noite. E eu pensei que poderia nunca mais gozar na vida! ;D Porque eu jah experimentei tanto e nao achei e estava tao cansado. Mas os erros eram mais meus, eu nao posso brigar com o mundo, nao mais.
Enfim, uma semana de total liberdade e pausa. Sinto-me tao mais leve agora.
Enfim, uma semana de total liberdade e pausa. Sinto-me tao mais leve agora.
Wednesday, 9 April 2008
dois trechos
Thursdays
It is Thursday. I am sad. I spilled coffee on the carpet, first thing in the morning. I put soap on a sponge and did my best. But it would not go. Then, when I tried to stand up, I knocked my head against the door. I felt like crying. I do not know what I would cry about. I do not know why it is Thursday and it has to be like this. I just woke up and outside was grey. I just felt like having some coffee. I could not have it. The powder was finished. My eyes were decorated with tears. I could not cry. It hurt. It was another Thursday. Another Thursday morning, and I hated it.
Deconstruct
I want to be honest with you. I have kept this very secret because I assumed there would not be understanding and I would have to use your words as if they were mine to make it clear. I read a book called Alexis, and you know how much I hate titles that are names because I am always struggling to find simplicity. And then it gets dark and late, and I give up. I bought that bottle of wine, we drank, and everything got light and foolish. I mumbled, you said ‘what?’; I gave up because it was dark. And I am no fool. I wrote a piece about John and me. I called it John. I thought you could read it. It was not a simple decision. But then again, nothing really was.
It is Thursday. I am sad. I spilled coffee on the carpet, first thing in the morning. I put soap on a sponge and did my best. But it would not go. Then, when I tried to stand up, I knocked my head against the door. I felt like crying. I do not know what I would cry about. I do not know why it is Thursday and it has to be like this. I just woke up and outside was grey. I just felt like having some coffee. I could not have it. The powder was finished. My eyes were decorated with tears. I could not cry. It hurt. It was another Thursday. Another Thursday morning, and I hated it.
Deconstruct
I want to be honest with you. I have kept this very secret because I assumed there would not be understanding and I would have to use your words as if they were mine to make it clear. I read a book called Alexis, and you know how much I hate titles that are names because I am always struggling to find simplicity. And then it gets dark and late, and I give up. I bought that bottle of wine, we drank, and everything got light and foolish. I mumbled, you said ‘what?’; I gave up because it was dark. And I am no fool. I wrote a piece about John and me. I called it John. I thought you could read it. It was not a simple decision. But then again, nothing really was.
Monday, 7 April 2008
a eterna p!
'the more I read Dotoevsky the more I wonder about Henry and June and whether they are imitations. I recognize the same phrases, the same heightened language, almost the same actions. Are they literary ghosts? Do they have souls of their own?'
lendo Henry and June em Amsterdam, me pego questionando o ser humano, a necessidade do ser em se abstrair em atos, como se eles fossem capazes de compor uma existencia. pffff
lendo Henry and June em Amsterdam, me pego questionando o ser humano, a necessidade do ser em se abstrair em atos, como se eles fossem capazes de compor uma existencia. pffff
Friday, 4 April 2008
I amsterdam
No meio de toda esta confusao sentimental, peguei um aviao para Amsterdam, enquanto leio a Anais Nin e escuto trechos que nao se tornam sons mas me sussuram fatos do Clichy.
As putas me sorriem no Red Light District, me perco entre as portas abertas e convidativas, recuso-me a entrar num cafeh ateh segunda-feira, observo, me perco, vou a museus como se o mundo tivesse pedido um minuto de paz e silencio.
Estranho voltar aonde tudo comecou, quatro anos atras, e eu ja nem sou aquele rapaz que um dia teve medo de pisar no mundo. Os caminhos sao todos meus.
As putas me sorriem no Red Light District, me perco entre as portas abertas e convidativas, recuso-me a entrar num cafeh ateh segunda-feira, observo, me perco, vou a museus como se o mundo tivesse pedido um minuto de paz e silencio.
Estranho voltar aonde tudo comecou, quatro anos atras, e eu ja nem sou aquele rapaz que um dia teve medo de pisar no mundo. Os caminhos sao todos meus.
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