Monday 11 June 2007

mais do mesmo

Do lado de fora, pela janela, a vida se desenrola em forma de vizinhos, atraves dos vidros. Ha pouco, uma senhora corria os dedos por uma tela, me olhando, escondendo a figura de mim. O que ela esta a pintar?

Vejo um casal num plano em que o olho nao pede desvios. Sentam num patio, com cadeiras de madeira, expostos ao Sol que se pos. Devem ser australianos, penso. Nao se incomodam com a minha vigilancia, reproduzem o clima tropical de um outro pais.

Fico a pensar que o mundo urge acontecimentos. Na rotina dos dias, esconde-se uma leveza que atribuo a normalidade. O que serah que eles pensam de mim? Pensam alguma coisa?

Os vendedores das lojas, o rapaz do off-license, a menina do dry-cleaning, todos denominaram o meu rosto de familiar. Eu ando por estas ruas, moro perto deles, quase me enquadro nas fotos tiradas ao meu lado. Eu, eu, eu.

Pronome da primeira pessoa do singular.

Isso deveria ser soh, mas eh apenas uma espera.

Ps. Ao som de Vento no Litoral.