Wednesday, 26 September 2007

Uni

As primeiras duas aulas na Universidade foram estupendas, motivantes. O mestrado promete ser tudo o que planejei. Escolhi o curso a dedo, e conforme parece, os professores sao super-experientes, cada um com suas passaganes por multinacionais, anos de carreira nas empresas mais importantes do mundo, etc e tal.

O engracado eh obedecer as regras de conduta, cortar os meus impulsos, refinar o meu ar espontaneo e solto. Como por exemplo, fazer as perguntas de forma elaborada, e acrescentar um Sir, no final da frase para soar upper class e de uma educacao superior.

Claro que estrangeiro que domina ingles acima de um certo nivel eh considerado educadissimo e de uma base familia seleta. Encontro-me eu e a italiana, vindos de familias educadas mas nao tao abonadas, e tambem sendo os unicos que trabalham e estudam ao mesmo tempo.

O que me impressiona eh a agilidade linguistica e o desprendimento dos australianos e do americano. Sinto-me intimidado, embora tenha mostrado, de improviso, que em se tratando de marketing, as minhas ideias soam tao ou mais objetivas e criativas quanto as deles.
Enfim, eh soh um comeco. Espero que cruzar os dedos ajude, e que nao me traga dores nas maos. ;D

Tuesday, 25 September 2007

Distrações

Foi preciso tudo isso para saber que não passou de orgulho. Essa pretensa espalhada e diluída nos atos de que eu me basto e suporto o peso das palavras não-ditas.

Sim, teria sido mais fácil pedir ajuda. Acontece que sempre houve uma esperança, ainda que remota, de que você iria entender. Mas não, distraído entre os goles de Vodca, e as suas musicas que só deveriam tocar a noite, mas tocam durante todo o dia, você não viu.

Eu fui lah fora, reguei as plantas no jardim, e voltei para casa com os olhos cheios de lágrimas. Passaram-se 4 meses, talvez cinco, e eu dei de cara com um problema ainda maior. Adiamento, meu bem, eh o pior desleixo que um ser humano pode cometer.

Você perguntou se eu estava triste, eu disse que sim. Você quis saber o porquê. E não havia mais tempo, nem esperança, nem nada. O jardim continuava impecável, a minha maior distração, e tambem o meu desejo pelo não-óbvio.

Eu tive que bater a porta com muita força, arrastando as malas estupefatas pelo chão, perdendo o charme de uma avenida francesa. E de tão bêbado que você estava, sequer articulou as palavras. Não fossem os meus ouvidos treinados, jamais compreenderia a sentença que me libertou.

- Você vai ao mercado? Traz uma Vodca para mim?

Saturday, 15 September 2007

ah, a tristeza

vontade de escrever sentimentalidades

Tuesday, 4 September 2007

Rastros de solidao

Eu acordo sozinho
E passo sabao nas minhas costas
E tomo cafe sozinho
E sou eu quem bate a porta
E vou ao super soh
E almoco sozinho
Falo soh, vou ao cinema comigo mesmo
Leio e nunca escrevo porque escrever me faz sentri soh
E moro com alguem, mas eu moro soh
Eu ando sozinho
E nao converso com estranhos
E pego o onibus, o metro, o trem sozinho
E janto sozinho
E as vezes eu transo comigo mesmo
E as vezes nao
Mas ateh quando durmo acompanhado
Meu bem, eu acordo soh.