As primeiras duas aulas na Universidade foram estupendas, motivantes. O mestrado promete ser tudo o que planejei. Escolhi o curso a dedo, e conforme parece, os professores sao super-experientes, cada um com suas passaganes por multinacionais, anos de carreira nas empresas mais importantes do mundo, etc e tal.
O engracado eh obedecer as regras de conduta, cortar os meus impulsos, refinar o meu ar espontaneo e solto. Como por exemplo, fazer as perguntas de forma elaborada, e acrescentar um Sir, no final da frase para soar upper class e de uma educacao superior.
Claro que estrangeiro que domina ingles acima de um certo nivel eh considerado educadissimo e de uma base familia seleta. Encontro-me eu e a italiana, vindos de familias educadas mas nao tao abonadas, e tambem sendo os unicos que trabalham e estudam ao mesmo tempo.
O que me impressiona eh a agilidade linguistica e o desprendimento dos australianos e do americano. Sinto-me intimidado, embora tenha mostrado, de improviso, que em se tratando de marketing, as minhas ideias soam tao ou mais objetivas e criativas quanto as deles.
Enfim, eh soh um comeco. Espero que cruzar os dedos ajude, e que nao me traga dores nas maos. ;D
Tuesday, 25 September 2007
Distrações
Foi preciso tudo isso para saber que não passou de orgulho. Essa pretensa espalhada e diluída nos atos de que eu me basto e suporto o peso das palavras não-ditas.
Sim, teria sido mais fácil pedir ajuda. Acontece que sempre houve uma esperança, ainda que remota, de que você iria entender. Mas não, distraído entre os goles de Vodca, e as suas musicas que só deveriam tocar a noite, mas tocam durante todo o dia, você não viu.
Eu fui lah fora, reguei as plantas no jardim, e voltei para casa com os olhos cheios de lágrimas. Passaram-se 4 meses, talvez cinco, e eu dei de cara com um problema ainda maior. Adiamento, meu bem, eh o pior desleixo que um ser humano pode cometer.
Você perguntou se eu estava triste, eu disse que sim. Você quis saber o porquê. E não havia mais tempo, nem esperança, nem nada. O jardim continuava impecável, a minha maior distração, e tambem o meu desejo pelo não-óbvio.
Eu tive que bater a porta com muita força, arrastando as malas estupefatas pelo chão, perdendo o charme de uma avenida francesa. E de tão bêbado que você estava, sequer articulou as palavras. Não fossem os meus ouvidos treinados, jamais compreenderia a sentença que me libertou.
- Você vai ao mercado? Traz uma Vodca para mim?
Sim, teria sido mais fácil pedir ajuda. Acontece que sempre houve uma esperança, ainda que remota, de que você iria entender. Mas não, distraído entre os goles de Vodca, e as suas musicas que só deveriam tocar a noite, mas tocam durante todo o dia, você não viu.
Eu fui lah fora, reguei as plantas no jardim, e voltei para casa com os olhos cheios de lágrimas. Passaram-se 4 meses, talvez cinco, e eu dei de cara com um problema ainda maior. Adiamento, meu bem, eh o pior desleixo que um ser humano pode cometer.
Você perguntou se eu estava triste, eu disse que sim. Você quis saber o porquê. E não havia mais tempo, nem esperança, nem nada. O jardim continuava impecável, a minha maior distração, e tambem o meu desejo pelo não-óbvio.
Eu tive que bater a porta com muita força, arrastando as malas estupefatas pelo chão, perdendo o charme de uma avenida francesa. E de tão bêbado que você estava, sequer articulou as palavras. Não fossem os meus ouvidos treinados, jamais compreenderia a sentença que me libertou.
- Você vai ao mercado? Traz uma Vodca para mim?
Saturday, 15 September 2007
Tuesday, 4 September 2007
Rastros de solidao
Eu acordo sozinho
E passo sabao nas minhas costas
E tomo cafe sozinho
E sou eu quem bate a porta
E vou ao super soh
E almoco sozinho
Falo soh, vou ao cinema comigo mesmo
Leio e nunca escrevo porque escrever me faz sentri soh
E moro com alguem, mas eu moro soh
Eu ando sozinho
E nao converso com estranhos
E pego o onibus, o metro, o trem sozinho
E janto sozinho
E as vezes eu transo comigo mesmo
E as vezes nao
Mas ateh quando durmo acompanhado
Meu bem, eu acordo soh.
E passo sabao nas minhas costas
E tomo cafe sozinho
E sou eu quem bate a porta
E vou ao super soh
E almoco sozinho
Falo soh, vou ao cinema comigo mesmo
Leio e nunca escrevo porque escrever me faz sentri soh
E moro com alguem, mas eu moro soh
Eu ando sozinho
E nao converso com estranhos
E pego o onibus, o metro, o trem sozinho
E janto sozinho
E as vezes eu transo comigo mesmo
E as vezes nao
Mas ateh quando durmo acompanhado
Meu bem, eu acordo soh.
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