Lembro do dia em que Stella se foi. Eu tinha recem-comprado o Guardian e uma materia dizia algo sobre o St Patrick’s day. Estava chovendo e frio, o ceu coberto daquele cinza e da fog de Londres. Andava por uma rua clara, repletas de pubs e gente bebada. O telefone tocou. Mensagem.
O meu espanhol tava uma merda, mais de dois meses sem ve-la. O aeroporto interditado por dois dias, havia explodido umas bombas na cidade. Stella nunca mais ligou.
Refletindo no porque da minha distancia, conclui que eu tive medo de nunca ser para ela aquilo que um dia ela pensou possivel. Havia pedido demissao, o Landlord me deu uma semana para arranjar outra casa, e o meu amor foi embora. Comprei uma garrafa de Vodka, bebi sem nada, uma dor no estomago e uma tonteira danada. Na beira do rio, dois policiais me pararam, checaram documentos.
Take your hands off me. I don’t owe you a penny!
Subi as escadas da ponte do Jubileu da Rainha, as instalacoes metalicas pareciam mover-se, o rio balancava, as minhas vistas nao diferenciavam o que era estatua de ser vivo, tudo de repente parecia se mover, caih.
O ceu se irritou. E quando tudo parecia perdido, imensamente dolorido e soh; e quando tudo era este estar soh comigo e nao gostar de quem eu tava sendo naquele momento para os outros, me isolando, me sabotando; e quando aquilo se tornou um rompante de angustia e falta tao insuportaveis como o instante de uma batida de carro a 190 por hora, entao, comecou a chover.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
2 comments:
Breno, eu tenho uma noticia ruim...Stella is gone.
faz tempo!
Post a Comment